Tudo se move, tudo se interinfluencia. Movimentos que nos movem, movimentos que nós movemos.
Coordenar o movimento é a longa aprendizagem que todos os seres, deste universo, estão a efetuar.
Já somos humanidade, já muito aprendemos, já conseguimos coordenar algumas funções dos corpos físico, emocional
e mental, porém há muito mais para aprender, há muito mais para aperfeiçoar.
Enquanto egos, coordenamos algumas das funções periféricas da personalidade (corpos físico, emocional e
mental), pois que as nossas perceções estão mais voltadas para o exterior e para as aparências formais.
Pois, todas as formas e objetos materiais, desde as micropartículas às galáxias, são aparências, geradas,
mantidas e modificadas pelo movimento organizado e estruturado.
A origem do movimento está no espírito, que projeta a sua essência, gerando energia, criando alma, e é a alma
que coordena os movimentos dessas energias, estruturando formas e desenvolvendo corpos, segundo os arquétipos
pré-existentes no absoluto.
Portanto, existem 3 níveis de vivência e de consciência: espiritual, anímica e corporal.
No nível de consciência corporal (personalidade, ego) apenas percecionamos as aparências e lidamos com as formas, no nível de consciência anímico percecionamos o movimento e coordenamos a energia, e no nível de consciência espiritual percecionamos a essência e sustentamos a coesão do ser.
Estes 3 níveis de consciência estão sempre presentes no holomove.
A Consciência é o primeiro e o último atributo do ser, é o seu mais valioso bem, pois todas as experiências,
todas as vivências, são sintetizadas e gravadas, através de consciencializações, na consciência.
É a consciência que coordena a manifestação em função da perceção e da memória, adaptando o viver.
No holomove começamos com o nível corporal, egoico, com que normalmente funcionamos, executamos alguns
movimentos inspirados na ginástica, na expressão corporal, no tai chi, no chi kung, na yoga, para exercitar e
alongar os músculos, flexibilizar as articulações e desenvolver a coordenação motora, focando a atenção no que
está a ser executado para que mais energia seja para aí dirigida.
De seguida a atenção vira-se para o fator energético e os movimentos corporais são executados com essa intenção,
procurando percecionar os fluxos da energia no corpo.
Com a devida intenção começamos a entrar em estado de meditação, em que a energia passa a ser coordenada pelo
nível de consciência anímico, agora é a energia que movimenta o corpo para poder fluir nas melhores condições.
Como a alma está em ligação com as outras almas, sabe que o que acontece a um repercute-se nos outros, por isso,
trata do desenvolvimento do ser a que está mais ligada, mas também ao dos outros, assim, os fluxos energéticos
tanto se interiorizam como se exteriorizam, ora focando-se no indivíduo ora no coletivo, em serviço à
humanidade, ao planeta, à vida, para vivermos com mais saúde, com mais vitalidade e em melhor harmonia.