HUMEN

HUMEN (HUMan ENergy, ENergia HUMana)
Sistema económico baseado na energia humana; energia que produz trabalho; trabalho que modifica a matéria, o
ambiente e a própria humanidade.
Este sistema é a sequência lógica da evolução da economia humana, que está evidentemente relacionada com a
evolução da humanidade e a do próprio Planeta.
Torna-se cada vez mais evidente que enquanto não houver justiça, não pode haver paz, e que onde há guerra há
destruição, ruína da economia e sofrimento...
Assim, convém desenvolver um sistema económico que favoreça a justiça nas transações e atenue a ganância.
Observemos:
O dinheiro foi criado para facilitar as trocas, porém, devido às suas características (a sua produção é controlada
pelos sistemas dominantes), tornou-se um meio de especulação (juros bancários, bolsa, etc.).
Começou por ser um sistema para troca de objetos, só mais tarde é que o trabalho despendido na produção dalguns
objetos começou a ser valorizado, e ainda hoje se dá mais valor aos objetos, ou serviços, do que ao trabalho e ao
trabalhador.
Ora, como se pode constatar pelo que se passa à nossa volta, esta ordem de valores e consequente modo de
funcionamento económico gera desequilíbrios sociais, principalmente para aqueles que trabalham na produção direta
de objetos (operários) ou trabalho agrícola, pois para que os objetos e produtos se vendam mais facilmente, os
seus salários têm de ser reduzidos.
Isto provoca tensões e conflitos, e diminui o prazer pelo trabalho bem feito.
O dinheiro, tal como todas as coisas, tem 3 aspetos: forma, energia e essência. Como forma, apresenta-se em notas,
moedas e barras de ouro, e tem um valor atribuído; como energia circula de mão em mão, corresponde ao trabalho, e
tem um valor arbitrário; como essência relaciona-se com a consciência e o seu valor deriva da compreensão de cada
um.
O aspeto forma e quantitativo do dinheiro é o que tem sido predominante, mas já se o começa a abordar no seu
aspeto energético e qualitativo, procurando saber qual a sua proveniência e qual o seu destino; o aspeto essência
de certo modo também está incluído nesta abordagem.
Este projeto aqui e agora apresentado pretende valorizar o seu aspeto energia, a qualidade do trabalho e a
consciência do trabalhador.
Vejamos então como desenvolver um sistema em que as trocas sejam ainda mais facilitadas e justas e em que os
valores sejam corretamente definidos.
Informação, o dinheiro é substituído por informação (o papel, os metais e recursos usados na sua produção passam a
ter destinos mais úteis), esta informação é relativa ao valor do trabalho que cada um produz e aos bens que
possui, com este valor é possível efetuar trocas (compras e vendas), convém atribui-lhe um nome, sugiro "Humen"
(ENergia HUMana, HUMam ENergy).
Este valor corresponde à quantidade e qualidade do trabalho e aos artigos produzidos e em existência, é
imprescindível que sejam atribuídos parâmetros de avaliação corretos e justos relativos à quantidade e qualidade
do trabalho, aos produtos e aos bens (a quantidade do tempo despendido tem sido um dos parâmetros de avaliação,
mas agora é preciso integrar-lhe também a qualidade do tempo...).
Sugestão: 10 Humens = 1 hora de trabalho de qualidade média.
Quem executa um trabalho, serviço, etc., é que deve sugerir qual o valor mais adequado, que será então aprovado
pelos intervenientes na transação.
Os valores dos trabalhos de maior qualidade não devem ultrapassar o dobro do valor dos de média qualidade, e os
valores dos de menor qualidade não devem ser inferiores a metade do valor dos de média qualidade.
Esta informação (Humem por pessoa) é guardada e atualizada num banco de dados dum sistema informático, que
funciona em rede, à qual todos os intervenientes têm acesso, mas que apenas pode ser editada por alguns
responsáveis.
Este sistema é diferente dos utilizados pelas atuais criptomoedas (que são bastante especulativas).
Este sistema passa a funcionar em todas as comunidades que o aceitem, cada uma rege o seu próprio banco de dados e
estabelece a ligação com os outros bancos de dados, de modo a que os membros duma comunidade possam funcionar
facilmente dentro de outra. Pode assim formar-se uma rede de comunidades, com características mais ou menos
semelhantes (ou diferentes), que funcionam com o mesmo sistema económico, quase independente dos sistemas
financeiros externos (civilização atual).
Este sistema não funciona com qualquer espécie de juros (evitando a especulação e o lucro indevido).
Quando alguém precisar de movimentar mais recursos do que aqueles que estão disponíveis em seu nome, para suprir
alguma necessidade ou desenvolver algum projeto, solicita esses recursos (Humens, ou outros) aos responsáveis da
respetiva área, e em conjunto apreciam as questões e tomam as mais adequadas decisões, visando o bem comum.
Grande parte dos sistemas comerciais têm sido desenvolvidos, não apenas para facilitar as transações, mas também
para possibilitar a obtenção de lucros (por vezes escandalosos) por alguns comerciantes.
O acrescentar duma percentagem (normalmente 30%) ao preço dos produtos adquiridos pelos comerciantes, para
calcular o preço de venda ao público, gera um desequilíbrio nos preços finais, entre os produtos mais baratos e os
mais caros, diferenças de valor de comercialização que não refletem o trabalho efetuado pelos comerciantes, nem
outros fatores.
Para que o comércio se torne mais justo (ver Wikipédia) sugiro que:
1. seja atribuído o correto preço aos artigos e serviços produzidos (conferir o texto acima), libertando-nos da
tentação de comprar "o mais barato" e respeitando e valorizando todos os intervenientes no processo.
2. ao preço de aquisição, o comerciante deve juntar todas as despesas e serviços inerentes à comercialização de
determinado produto ou serviço, e não uma percentagem arbitrária e genérica.
3. calcular corretamente o preço de venda ao público com base no que acima foi dito, definindo várias taxas a
acrescentar ao preço de aquisição, taxas calculadas, preferencialmente, por atribuição de valores fixos, para cada
tipo de artigo ou serviço, e não de percentagens.
3.1. preço de venda ao público = preço de aquisição + taxa de despesas de manutenção do espaço + taxa
de armazenamento + taxa de trabalho + taxa de serviço de atendimento + taxa de serviço pós-venda.
4. estas taxas devem ser preferencialmente definidas pelos produtores dos produtos e serviços, para que sejam
semelhantes em todos os ambientes comerciais e vir já incluídas no preço final (devidamente referenciadas).
Este sistema pode ser desenvolvido entre vários tipos de comunidades, lojas de comércio justo, produtores, ...
Para possibilitar a comunicação harmoniosa com os sistemas externos vigentes, é atribuído um valor de câmbio ao
"Humen", valor esse adaptado a cada país (1 Humen = 2 Euros).
E claro, que cada membro de qualquer comunidade pode continuar a funcionar com o sistema financeiro exterior...
Como começar a formar "comunidades" baseadas neste sistema?
Por exemplo:
Alguém tem um terreno onde é possível (pelas leis atuais) construir algumas habitações e cultivar alguma terra.
1. esse alguém propõe a construção duma comunidade nesse terreno e apresenta algumas ideias base.
2. quem estiver interessado em participar de alguma forma nessa "comunidade", inscreve-se no projeto e diz como
pretende participar (com trabalho, materiais, dinheiro, ...) e se quer ou não habitar no terreno, ...
3. os interessados reúnem-se, avaliam as possibilidades e definem objetivos.
4. são atribuídos os justos valores em "Humens" a cada participante.
5. resolvem-se as questões legais, se for caso disso (licenças de construção, ...) e avança-se..
.6. o "Humen" é o valor de transação que passa a funcionar dentro dessa comunidade e nos relacionamentos com
outras semelhantes.
7. para os relacionamentos com a civilização exterior terá que ter alguma reserva monetária (Euros)...
Com alguma imaginação também é possível formar comunidades urbanas, ou mistas, que utilizem este sistema
económico.
À medida que várias comunidades se forem formando, este sistema económico pode ir sendo estendido a quintas
biológicas, clínicas de terapias não convencionais, lojas de produtos naturais, etc...
Vamos avançar com este sistema?