holosintese

holosíntese

Holosíntese a síntese do todo, o holograma-fractal representativo do Ser, uno e diverso.

Este gráfico é uma representação, mais elaborada (3D) do que a 'Flor da Vida', é a representação do Ser e sua manifestação, no abstrato e no concreto.

Representa o arquétipo fundamental gerador e sustentador do Ser nos seres, a hierarquização das Consciência nas consciências e a expansão da Vida nos viventes.

A manifestação concreta é concebida, em abstrato,  no absoluto.

Toda a criação parte do infinito para o finito, do absoluto para o relativo, do abstrato para o concreto, do simples para o complexo...

O Infinito concentra-se num ‘ponto’ para gerar um universo (infinitos universos podem coexistir no infinito).               

Um 'ponto' que é quase nada, sem tamanho, sem dimensão, um abstrato ponto, um ponto  proveniente do infinito e que por isso pode conter, em abstrato, a síntese desse infinito, um ponto que é quase tudo, um ponto que pode conter todos os pontos e por todos ser contido, uma manifestação e diferenciação do infinito ser.

Um ponto auto-consciente que se expande numa perfeita esfera para gerar um Universo.

Esta 'expansão' do 'Ponto Original' é um 'ato' de pura Vontade e Amor, é a expansão de si mesmo, por isso todo o espaço fica pleno de 'pontos' a si semelhantes, seres vivos e conscientes, transmitir a própria essência e vida, para que outros existam sejam e vivam, é Amar. Cada um destes quase infinitos pontos, seres, reproduz o processo original, gerando a sua própria 'esfera' e preenchendo-a de vida, e isto vai-se reproduzindo fractal e holograficamente.
E este Amor que gera todos os seres, projetando-os para a periferia, também os atrai de volta ao centro, recolhendo toda a Sabedoria, vivenciada por cada um e sintetizada no todo unificado.
Isto mantém a Unidade do Todo.
E desta Unidade, com pura Vontade e real Poder, se transmite e retransmite todo o Amor e Sabedoria, num ciclo quase infinito, de vida em Comunhão.
Fluxos e refluxos de vida e consciência 'fluem' no Absoluto.

Esta expansão do ‘ponto’ central do ser gera movimento, e este movimento gera espaço e define uma periferia para a sua manifestação, mas o que é manifestado precisa de ser percecionado para ‘alimentar’ a consciência, por isso tudo retorna ao centro, e o centro volta a expandir-se e a concentrar-se criando ‘vibração’, gerando tempo.

Movimento-espaço-tempo são gerados ’simultaneamente’, um não existe sem os outros, esta é a trindade que está na origem de toda a criação.
Essência central, energia fluindo e refluindo e forma periférica.
Espírito, alma e corpo.
Porém, a forma corporal é uma aparência, gerada, mantida e modificada pelo movimento estruturado da energia anímica e a energia anímica é a emanação da essência espiritual, por isso, na verdade, tudo o que existe é essência espiritual em diversos ‘estados’ de manifestação.

Embora no absoluto, nem seja propriamente correto dizer que tudo acontece  'simultaneamente', para facilitar a compreensão apresentam-se as diferenciadas manifestações do ser como uma sequência.

Da diferenciação primária derivam diferenciações secundárias, terciárias, ... gerando 'esferas' nas 'esferas', seres nos seres, consciências nas consciências, Vida nas vidas, gerando uma hierarquia orgânica.
Do 'embrião' do movimento-espaço-tempo é concebido o movimento-espaço-tempo, em abstrato, e são definidas coordenadas para identificar e encontrar cada ser nesse mesmo movimento-espaço-tempo; uma cruz formada por 3 linhas ortogonais, definindo 3 planos de projeção, possibilita detetar qualquer localização no espaço, a expansão do ponto em esfera gera um tempo, a pré-determinação dum limite periférico e o retorno ao mesmo centro definem esse tempo, a repetição deste ciclo cria uma vibração, como esta vibração pode ter quase infinitas velocidades, é definida uma escala (Escala Cósmica), criando descontinuidades no contínuo (descontinuidades no movimento, descontinuidades no espaço e descontinuidades no tempo). Apesar de movimento-espaço-tempo serem indissociáveis, são consideradas diferenciações abstratas de movimento, de espaço e de tempo para a consciência poder medir e conhecer.

Esta conceção abstrata, no absoluto, é o fundamento de toda a manifestação criativa, origem da imensa variedade de tipos de seres.

Esta cruz virtual permite também estabilizar a hierarquização dos seres, 'colocando' as 'esferas' maiores em alinhamento com os 3 eixos da cruz, estruturando um conjunto de 6 esferas periféricas e uma central, que ao expandir-se, também as engloba. Esta estruturação primordial serve de base para a criação duma escala, com que tudo possa ser medido, espaço, tempo, movimento. Esta escala de base 7, desdobra-se em sub-escalas também de base 7, que por sua vez também se desdobram quase infinitamente, gerando várias oitavas.

Assim são hierarquizados os seres no Ser, definidos os modos de comunicação e relacionamento, dando origem aos arquétipos geradores e sustentadores dos fluxos e refluxos 'energéticos', das 'leis' do movimento e dos 'padrões' estruturadores das formas.
Estas formas são criadas pela estabilização das ligações e relacionamentos entre os seres, por isso são 'sagradas'. Uma quase infinidade de formas pode ser criada, mas a consciência necessita que essas formas tenham estabilidade estrutural orgânica, para nelas habitar viver e experienciar a multiplicidade de relacionamentos possíveis, assim são definidas as estruturas basilares, fundamentadas na ‘matemática’, na 'geometria' e na ‘ciência’.
Tal como acontece para as formas (espaço), também o movimento, que pode dirigir-se para quase infinitas direções, necessita de ser definido e organizado, 3 modos de movimento são definidos, transposição, irradiação e vibração.
A transposição é uma faculdade do espírito, a irradiação é um atributo da alma e a vibração é uma característica do corpo.

A manifestação do Ser universal cria os espíritos, emanações de si próprio, cada espírito, ao reproduzir essa emanação, cria uma mónada, o 'campo', a 'esfera' da sua consciência espiritual, o âmbito da sua manifestação e perceção, e da sua ‘memória’, em cada mónada coexistem quase infinitos espíritos. O fluxo e refluxo comunicativo entre todos os seres no Ser e de cada ser em si mesmo, geram a alma. A manutenção e estabilização dos circuitos de comunicação estabelecem, estruturam e mantêm  o corpo.

Transposição, é quando o centro, a essência, o espírito se focaliza em determinado centro, essência, espírito (a si semelhante) em qualquer ponto do movimento-espaço-tempo (não se desloca no espaço, nem demora qualquer tempo, é instantâneo). É esta transposição espiritual que mantém a comunhão e unidade do Ser, que ao focar-se no centro de determinado ser, transporta consigo todo o amor e sabedoria do Uno e a adapta à situação, levando esse ser a executar determinada ação, preservando a ordem no todo.

Irradiação é quando a emanação anímica dum ser se projeta ao encontro doutro ou doutros seres, transmitindo a vida e consciência por si realizada. É o deslocamento dum ponto para outro ou outros pontos.

Vibração é a expansão e contração do corpo do ser, o seu ritmo vivencial, que pode ser ampliado ou restringido, acelerado ou retardado, e que toca e influência os corpos dos que o rodeiam, gerando 'ondas'.

É pela vibração que se tem consciência do tempo e se o pode medir, o tempo global da esfera universal e o tempo particular de cada ser. Há esferas (corpos dos seres) maiores e esferas menores, há esferas dentro de esferas, há vibrações mais rápidas e vibrações mais lentas, há vibrações mais amplas e vibrações mais curtas, há tempos dentro do tempo...
As 7 esferas principais, dispostas nos 3 eixos ortogonais, e a esfera primordial, que as contém, definem as 7 vibrações referenciais em consonância com as orientações, cima, baixo, frente, trás, esquerda e direita, estruturadoras da escala cósmica (microcósmica, cósmica e macrocósmica),

O gráfico 'Holosíntese' representa tudo isto: esferas nas esferas, sistemas nos sistemas, seres nos seres, consciências nas consciências, Vida nas vidas.

Este é o arquétipo fundamental, estruturador da manifestação do Ser, nele está contido o propósito da vida a ser vivenciada, o projeto de involução-evolução das consciências e dos seres, a ordenação das funções a serem desempenhadas por cada um, os tipos de relacionamentos e a construção das formas corporais.
Este arquétipo é concebido no '3º plano' de manifestação, confirmado no 2º, unificado no 1º e projetado no 5º, o mental, que ‘reproduz’ a esfera, através do 4º, o búdico (intuitivo). No 6º, o emocional, os pontos entram em rotação sobre si próprios e geram turbilhões e vórtices, que se expandem, e ao se expandirem criam um vazio no centro, esse vazio atrai o que foi projetado de volta ao centro, formando um duplo toro. Devido à interação entre os seres, com as trocas de energias (micro partículas), uns tornam-se mais emissores e outros mais recetores, gerando polaridade nos toros, de modo que um dos duplos toros cresce e o outro diminui. No 7º, o físico, os toros, estabilizam os seus relacionamentos e formam estruturas relativamente estáveis, formas, corpos.

São estes micro seres que se vão juntando, formando coletivos orgânicos, que se unificam para gerar um ser maior, e este processo prossegue até se estruturarem os átomos, as moléculas, as células, os órgãos, os corpos dos seres dos vários ‘reinos da natureza’, estrelas, galáxias ...

O infinitamente grande é construido com o infinitamente pequeno.

O espaço aparentemente vazio, na verdade, está cheio de ínfimas partículas, por isso, qualquer ‘corpo’ (partícula) ao deslocar-se provoca o deslocamento de outros corpos, gerando ondas. Além disso, todos os corpos vibram, e essa vibração afeta os que os rodeiam, e essa afetação repercute-se, também gerando ondas. Por isso, os fotões (partículas emanadas das estrelas, ou de outras fontes luminosas) são simultaneamente considerados partículas e ondas.

Vivemos num imenso ‘mar’ cheio de partículas ondulatórias radiantes.

Carlos Albarran